Quatro cearenses foram identificados entre os mortos da megaoperação “Contenção”, deflagrada nas comunidades da Penha e do Alemão, no Rio de Janeiro. A ação, realizada com o envolvimento de 2.500 agentes das polícias Civil e Militar, teve como objetivo desarticular o Comando Vermelho (CV) — uma das maiores facções criminosas do país.
De acordo com a Secretaria da Segurança Pública do Rio de Janeiro, as vítimas cearenses, todas ligadas ao CV, tinham entre 24 e 34 anos. A informação foi confirmada nesta sexta-feira (31), após a divulgação oficial dos nomes dos mortos.
Cearenses mortos na operação
- Luan Carlos Marcolino de Alcântara, o “Tubarão”, 24 anos
Atuava no bairro Carlito Pamplona, em Fortaleza. É acusado de envolvimento na morte do policial militar Bruno Lopes Marques, assassinado no Pirambu em fevereiro de 2024. - Francisco Teixeira Parente, o “Mongol”, 30 anos
Possuía antecedentes por homicídio, estelionato, furto e corrupção ativa. Era investigado pelo assassinato do PM Heverton Gonçalves da Silva, ocorrido em setembro de 2022, também no Pirambu. - Josigledson de Freitas Silva, conhecido como “Gleissim” ou “Traquino”, 34 anos
Também atuava no Carlito Pamplona e respondia a processo na Justiça do Ceará por integração em organização criminosa. - Quarto cearense não identificado
A Secretaria informou que um quarto nome cearense está entre os mortos, mas a identificação ainda não foi confirmada.
Lideranças cearenses podem estar entre os mortos
As autoridades também investigam se duas lideranças do Comando Vermelho no Ceará foram mortas durante a operação. Há suspeitas sobre os falecimentos de:
- Carlos Mateus da Silva Alencar, o “Skidum” ou “Fiel”
- Leilson Sousa da Silva, o “Lelê”
Ambos eram chefes do CV no bairro Pirambu, em Fortaleza, e estavam foragidos na Comunidade da Penha, no Rio.
Megaoperação “Contenção”
A operação “Contenção” é considerada uma das maiores ações policiais da história do Rio de Janeiro, superando o número de mortos do Massacre do Carandiru (1992), que deixou 111 presos mortos.
Durante a ação, as forças de segurança cumpriram cerca de 100 mandados de prisão e 150 de busca e apreensão. Após intensos confrontos, corpos foram encontrados na Serra da Misericórdia, na Penha. Moradores relataram execuções e abusos policiais, o que levou a abertura de investigações internas.
Segundo o secretário de Polícia Civil, Felipe Curil, 78 dos mortos tinham antecedentes criminais, entre eles por homicídio e tráfico de drogas. Do total, 42 estavam foragidos, sendo 39 de outros estados, incluindo quatro do Ceará.
Investigação e reações
O Governo do Rio afirmou que a operação foi planejada após mais de um ano de investigações conduzidas pela Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE).
Organizações de direitos humanos e moradores das comunidades exigem transparência nas apurações e cobram respostas sobre possíveis execuções.
Enquanto isso, autoridades cearenses acompanham o caso, uma vez que parte dos mortos mantinha vínculos diretos com facções atuantes em Fortaleza, principalmente nas regiões do Pirambu e Carlito Pamplona.
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Fonte: gcmais.com.br












