Fortaleza e Ceará viveram neste domingo um dos capítulos mais difíceis de suas histórias recentes: após 32 anos, os maiores rivais do estado foram rebaixados simultaneamente para a Série B do Campeonato Brasileiro. A queda conjunta repete o amargo cenário de 1993, quando ambos também deixaram a elite no mesmo ano.
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Na rodada final do Brasileirão de 2025, o Ceará perdeu por 3 a 1 para o Palmeiras, no Castelão, enquanto o Fortaleza foi derrotado por 4 a 2 pelo Botafogo, no Rio de Janeiro. As vitórias de Internacional e Vitória — adversários diretos na luta contra o descenso — definiram o rebaixamento da dupla cearense, que chegou à última rodada fora do Z-4, mas não resistiu ao desfecho dramático.
Memória de 1993: O Ano do Primeiro Rebaixamento Duplo
No Brasileirão de 1993, ainda no formato de grupos, Fortaleza e Ceará dividiram o Grupo C com times como Remo, Náutico e Vitória. O Fortaleza fez uma campanha muito abaixo, com apenas duas vitórias em 14 partidas, terminando na lanterna e caindo com antecedência.
O Ceará, por sua vez, lutou até a última rodada, mas acabou derrotado por 2 a 1 pelo Náutico e não conseguiu escapar. Naquele ano, o Clássico-Rei teve dois confrontos, incluindo a vitória alvinegra por 1 a 0 em 6 de outubro, gol de Osmar, de pênalti — lembrado até hoje pelos torcedores.
Rivalidade Marcada por Quedas Coletivas
Com a queda confirmada, Fortaleza e Ceará integram agora um grupo de rivais que já viveram rebaixamentos duplos no Brasileirão por pontos corridos. Desde 2003, já foram nove casos, incluindo Bahia e Vitória (2005 e 2014), Vasco e Botafogo (2020) e Avaí e Chapecoense (2021).
No futebol cearense, a data marca um dos momentos mais dolorosos: ambos os times chegaram à rodada final vencendo seus jogos, mas viraram vítimas de um dos roteiros mais duros da história recente do campeonato.
Agora, a partir de março de 2026, o Clássico-Rei será disputado na Segunda Divisão — com promessa de jogos intensos, rivalidade ampliada e a pressão de dois gigantes que precisarão se reconstruir para voltar à elite.
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Fonte: gcmais.com.br
