A Divisão de Vigilância e Repressão da Receita Federal na 3ª Região Fiscal (Direp03) apreendeu, nesta quinta-feira (27/11), cerca de uma tonelada de skunk, também conhecido como “supermaconha”, em uma transportadora localizada em Fortaleza (CE). A ação ocorreu durante uma operação de rotina e foi resultado de um trabalho combinado entre análise de risco, fiscalização aduaneira e o emprego dos agentes caninos Ithor, Bachar e Saymon, treinados especificamente para a detecção de entorpecentes em cargas de grande volume.
Segundo a Receita Federal, a droga havia saído de São Paulo e tinha como destino final a capital cearense. O entorpecente estava distribuído em diversos volumes camuflados entre mercadorias regulares, estratégia frequentemente utilizada por grupos criminosos para evitar a identificação durante o trajeto. O trabalho de triagem e investigação permitiu que a equipe da Direp03 identificasse inconsistências na documentação da remessa, o que motivou uma inspeção mais detalhada com o auxílio dos cães de faro.
>>>Clique aqui para seguir o canal do GCMAIS no WhatsApp<<<
O valor estimado da apreensão é de aproximadamente R$ 5 milhões, considerando o preço médio do skunk (uma variante de alta concentração do princípio ativo da maconha) no mercado clandestino. A Receita Federal afirma que esse tipo de apreensão tem se tornado cada vez mais comum no Ceará, onde cargas ilícitas transportadas por empresas de logística e veículos de grande porte frequentemente tentam se misturar ao fluxo de mercadorias legais que circulam pela região.
Nos últimos meses, operações de fiscalização aduaneira e repressão ao contrabando realizadas em Fortaleza e cidades da Região Metropolitana têm resultado em apreensões de drogas, cigarros, produtos falsificados e armas, reforçando a atuação integrada entre órgãos de segurança pública e setores de inteligência. Segundo o órgão, essas ações fazem parte de um esforço constante para impedir que organizações criminosas utilizem estruturas logísticas comerciais para o envio de entorpecentes a partir do Sul e Sudeste do país.
>>Siga o GCMAIS no Google Notícias<<<
As operações de análise de risco – ferramenta central da atuação da Receita – combinam cruzamento de dados, monitoramento de remessas e identificação de padrões suspeitos, o que permite a seleção de cargas que apresentam sinais de irregularidade. O uso de tecnologia de escaneamento, aliado ao trabalho de auditores e equipes caninas, também tem ampliado a capacidade de detectar drogas escondidas em compartimentos de difícil acesso.
Do ponto de vista legal, as apreensões desse tipo se baseiam principalmente no artigo 44 da Lei 11.343/2006, que trata das atividades de prevenção e repressão ao tráfico de drogas. A Receita Federal possui competência para atuar na repressão a ilícitos transfronteiriços e ao contrabando, e quando encontra substâncias proibidas, o material é encaminhado às autoridades policiais competentes para abertura de inquérito e continuidade das investigações. Dependendo do caso, as empresas de transporte também podem ser responsabilizadas se for identificada negligência ou participação no envio da carga ilegal.
>>>Acompanhe o GCMAIS no YouTube<<<
Em operações anteriores, as equipes de fiscalização já haviam identificado tentativas de envio de drogas por meio de encomendas expressas, cargas de caminhões e até contêineres que chegavam ao Porto do Pecém com documentação irregular.
Em nota, o órgão destacou que seguirá atuando de forma contínua no combate ao contrabando, tráfico de drogas e demais ilícitos que financiam organizações criminosas, contribuindo para a proteção da sociedade e para o fortalecimento da segurança pública na região.
Leia também | Polícia apreende carga com 214 mil cigarros e moto roubada em Fortaleza
Fonte: gcmais.com.br











