O aço do Ceará foi incluído na lista de exceções divulgadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em meio ao tarifaço de 50% para os produtos exportados do Brasil para o país norte-americano – no entanto, os pescados, também um dos principais produtos exportados do estado, segue com as tarifas impostas.
O Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram) informou que 75% dos minérios exportados para os Estados Unidos entraram na lista de exceções. Trump assinou nesta quarta-feira (30) uma Ordem Executiva que confirma a aplicação de taxa de 50% sobre os produtos brasileiros, trazendo ainda uma lista com cerca de 700 produtos que ficarão de fora do tarifaço, incluindo suco e polpa de laranja, combustíveis, minérios, fertilizantes e aeronaves civis.
Recuo de Trump alivia para vendas do aço do Ceará, mas pescados seguem com tarifas
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“O Ibram continua analisando os detalhes do decreto para compreender plenamente seus impactos e reafirma seu compromisso de atuar para que todos os minerais brasileiros sejam excluídos da nova sobretaxa”, destaca o setor.
As taxas entram em vigor em sete dias, ou seja, no dia 6 de agosto.
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Ceará principal afetado
O Ceará será o principal estado afetado pelas tarifas de 50% impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, aos produtos brasileiros. Isso porque 44,9% de todas as exportações do Ceará vão para o país norte-americano, conforme levantamento feito a partir de dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic).
O principal destaque é o segmento de peixes, crustáceos e moluscos – nesse setor, o Brasil exporta 60,8% dos produtos para os Estados Unidos e, do total vendido, 24% vem apenas do Ceará.
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No ranking, depois do Ceará (que tem 44,9% das exportações direcionadas aos EUA), também se destacam o Espírito Santo (28,6%), a Paraíba (21,6%), São Paulo (19%), Sergipe (17,1%) e Rio de Janeiro (16,2%). Já os estados com menor proporção de vendas para os Estados Unidos são Roraima (0,3%), Mato Grosso (1,5%), Distrito Federal (2,6%), Tocantins (3%) e Piauí (3%).
Além do impacto econômico, a tarifa deve pressionar a inflação e elevar o valor do dólar, o que pode encarecer o consumo no Brasil e comprometer a geração de empregos nos setores de exportação.
Com informações da Agência Brasil
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Fonte: gcmais.com.br