Um redemoinho de poeira foi registrado em uma rodovia no município de Jaguaribe, no interior do Ceará. Em vídeo feito por passantes dentro de um carro, é possível ver o fenômeno, com a fumaça subindo vários metros do chão, à beira da estrada.
Em nota ao GCMAIS, a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) informou que esse tipo de ocorrência é natural, de curta duração e não está relacionada a eventos severos.
“Os redemoinhos de poeira são formados quando há forte aquecimento da superfície, fazendo com que o ar quente próximo ao solo suba rapidamente e encontre uma camada de ar mais frio logo acima. Essa diferença de temperatura pode gerar uma pequena circulação vertical de ar, e quando o ambiente apresenta solo seco, partículas leves e poeira solta, o movimento se torna visível devido à elevação desses materiais na atmosfera”, explicam os profissionais da Fundação. Em Jaguaribe, esse cenário é ainda mais favorecido pelas temperaturas comumente elevadas, com máximas registradas acima dos 37 °C nos últimos dias, intensificando o aquecimento da superfície.
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Ainda segundo a Funceme, condições como altas temperaturas, baixa umidade relativa do ar, céu com poucas nuvens e ausência de chuva favorecem a formação desse tipo de fenômeno, principalmente em regiões de clima semiárido, como o centro-sul do Ceará. Nesse período do ano, marcado por forte aquecimento superficial e tempo mais seco, a ocorrência de redemoinhos de poeira é considerada comum, sobretudo em áreas com solo exposto ou vegetação pouco densa.
“Embora o fenômeno possa causar impacto visual e impressionar quem presencia, ele costuma ser fraco e de baixa intensidade, oferecendo risco limitado e geralmente restrito ao levantamento de poeira e pequenos materiais soltos”, pontua ainda a nota.
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Registros semelhantes têm sido feitos no Ceará, ao longo das últimas semanas. No último mês, um outro redemoinho de poeira chamou a atenção de trabalhadores do Complexo Solar do Bom Jardim, no município de Icó, na região Centro-Sul do Ceará. O fenômeno gerou reações inusitadas e bem-humoradas por parte dos operários que presenciaram a cena.
Os trabalhadores acompanharam a passagem do redemoinho com a famosa vaia cearense. O fenômeno é popularmente conhecido como “tromba-d’água” ou “demônio de areia” em algumas regiões.
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Em outro caso, no mesmo mês, um redemoinho de poeira assustou jogadores e torcedores durante um torneio de futebol amador no Sítio São Vicente, zona rural de Cedro, no interior do Ceará. O fenômeno se formou repentinamente no meio do campo, surpreendendo os presentes com ventos fortes e nuvens de poeira. Vídeos gravados por testemunhas mostram o momento em que o redemoinho passa entre os atletas e o público: nas imagens, alguns tentam se proteger cobrindo o rosto ou correndo para longe da ventania. Apesar do susto, ninguém ficou ferido e, após o fenômeno se dissipar, a partida foi retomada normalmente.
Outro redemoinho foi registrado por câmeras de segurança em uma indústria de água em Tabatinga, distrito de Maranguape, na Região Metropolitana de Fortaleza, no último dia 10 de setembro. Segundo a proprietária, o fenômeno é comum na região nesta época do ano. Apesar da presença de funcionários no local, ninguém se feriu e nenhum equipamento foi danificado. Há três anos, outro redemoinho chegou a arrancar telhas do depósito da empresa.
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Fonte: gcmais.com.br
