Com o fim da quadra chuvosa no Ceará, encerrada em maio, o estado enfrenta um agravamento da seca e um aumento no risco de focos de calor, cenário que acende o alerta de órgãos ambientais e meteorológicos para o segundo semestre de 2025. A combinação entre vegetação seca, altas temperaturas, baixa umidade e ventos intensos cria condições propícias para incêndios florestais, especialmente em áreas do semiárido cearense.
De acordo com os dados mais recentes do Monitor de Secas — ferramenta coordenada pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) — a severidade da estiagem aumentou significativamente no último mês. A área com seca moderada saltou de 2% em maio para 34% em junho, índice mais alto registrado desde dezembro de 2024, quando 43% do território estadual enfrentava seca grave. Apesar de o percentual de áreas afetadas pela seca ter permanecido em 76% entre maio e junho, a intensificação do fenômeno preocupa especialistas.
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A Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), responsável pela análise local no estado, atribui o agravamento ao fim do período mais chuvoso do ano. Segundo a fundação, o retorno das chuvas só deve ocorrer com mais regularidade a partir de 2026, o que deixa o estado mais vulnerável a impactos ambientais, econômicos e sociais.
Entre os principais efeitos da seca moderada estão a diminuição da produção agrícola, déficit hídrico prolongado, perda de pastagens e lavouras, além da redução nos níveis de córregos, reservatórios e poços. O cenário impõe desafios para o abastecimento de água, a segurança alimentar e a sustentabilidade dos recursos naturais no Ceará.
Além da seca, os focos de calor também preocupam. Esses pontos, identificados por satélites como áreas de altas temperaturas, podem indicar o início de queimadas ou incêndios florestais. O aumento desses focos é típico do segundo semestre, período mais seco do ano, e exige atenção redobrada das autoridades ambientais para prevenir desastres e proteger as populações vulneráveis.
O Monitor de Secas atua como uma ferramenta estratégica para orientar políticas públicas e ações emergenciais em estados atingidos por estiagens recorrentes.
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Fonte: gcmais.com.br