Por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), o militar Antônio Aginaldo de Oliveira, marido da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), teve suas contas bancárias totalmente bloqueadas. A decisão ocorre no contexto da prisão da parlamentar na Itália, onde ela aguarda processo de extradição para o Brasil. Segundo a defesa, Aginaldo ficou “indignado” com a medida e soube do bloqueio quando tentou acessar seu salário de policial militar já em viagem a Israel.
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Antônio Aginaldo, que é ex-secretário de Segurança Pública de Caucaia (CE) e ex-comandante da Força Nacional no governo Bolsonaro, teve sua aposentadoria bloqueada em 100%. A defesa critica a decisão do STF, alegando que ele não está sendo investigado e que a punição seria uma forma de pressionar familiares da parlamentar. O advogado do casal, Fábio Pagnozzi, afirmou à Folha de S.Paulo que a justificativa do bloqueio seria o risco de Aginaldo, futuramente, ajudar a esposa em sua condição de foragida.
Antes de viajar para Israel, Aginaldo estava com Zambelli em Roma, onde a deputada foi localizada no fim de julho em um apartamento nos arredores da capital italiana. Ela é considerada foragida da Justiça brasileira após ser condenada a 10 anos e 8 meses de prisão por envolvimento na invasão do sistema eletrônico do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Desde então, a parlamentar permanece sob custódia das autoridades italianas.
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Zambelli está detida no presídio feminino de Rebibbia, onde compartilha espaço com outras 368 mulheres. A prisão, localizada na capital italiana, opera acima da capacidade. A defesa da deputada entrou com pedido de prisão domiciliar, alegando que ela não representa risco de fuga, mas a Corte de Apelação de Roma negou o pedido em 1º de agosto, mantendo a brasileira em regime fechado durante o processo de extradição.
O advogado do casal criticou duramente o STF, chamando a decisão de bloquear as contas de Aginaldo de “tática medieval”. Segundo ele, a medida serve apenas para “enforcar parentes e amigos próximos” da parlamentar, pressionando-os psicologicamente. Ele também questionou como Aginaldo poderá se sustentar no exterior sem acesso a qualquer recurso financeiro. O STF não se pronunciou, pois o caso corre sob sigilo.
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Fonte: gcmais.com.br