A secretária de Saúde do Estado do Ceará, Tânia Mara Coelho, comunicou que todos os pacientes que estavam internados no Hospital Geral Dr. César Cals (HGCC) serão transferidos a outras unidades hospitalares até o fim desta quinta-feira (13), após o incêndio registrado no local no mesmo dia.
No total, 117 bebês foram transferidos do hospital. Eles foram levados a oito outras unidades de saúde da capital cearense, junto com mães, parturientes e acompanhantes.
Conforme informado, 100% dos pacientes já foram removidos do local. O incêndio ocorreu do lado de fora da unidade hospitalar e parte da energia foi restabelecida, ainda nesta quinta-feira. Não há, até o momento, previsão de retorno para o hospital.
>>>Clique aqui para seguir o canal do GCMAIS no WhatsApp<<<
Sobre os serviços do HGCC, a Sesa destaca que está adequando temporariamente o funcionamento da unidade, garantindo segurança e continuidade da assistência às gestantes e bebês nas unidades da Redes Estadual e Municipal. Gestantes de alto risco devem buscar atendimento na Maternidade Escola Assis Chateaubriand (Meac) e no Hospital Geral de Fortaleza (HGF). Já as gestantes de baixo risco serão encaminhadas aos Gonzaguinhas de Messejana, José Walter e Barra do Ceará.
A Sesa reforça que o redirecionamento é uma medida necessária para o restabelecimento seguro do funcionamento do HGCC.
Ministério Público
O Ministério Público (MP) está cobrando a Secretaria da Saúde do Estado (Sesa) que envie, em até 48 horas, um plano emergencial para assegurar que os atendimentos de saúde continuem sendo ofertados para os pacientes após o incêndio registrado no Hospital Geral Dr. César Cals (HGCC), em Fortaleza. A requisição é feita por meio da 137ª Promotoria de Justiça de Fortaleza, especializada em saúde pública.
>>>Siga o GCMAIS no Google Notícias<<<
Conforme o MP, no plano, a Sesa também deve apresentar os serviços essenciais que serão executados para reparar os danos ocasionados pelo incêndio. A cobrança foi motivada após o Ministério Público tomar conhecimento que pacientes e bebês em incubadoras foram retirados às pressas para fora do hospital durante a manhã. O MP informa ainda que já tem um procedimento administrativo para acompanhar a questão da superlotação da rede obstétrica e neonatal da rede pública em Fortaleza.
Incubadoras
O ocorrido, registrado na manhã desta quinta-feira (13), obrigou enfermeiras e profissionais de saúde a retirarem bebês de leitos e incubadoras para garantir a segurança das crianças. Em vídeos compartilhados nas redes sociais, é possível ver recém-nascidos sendo transportados às pressas pelas ruas próximas, enquanto gestantes também são retiradas do prédio.
De acordo com informações do secretário-chefe da Casa Civil do Governo do Ceará, o incêndio ocorreu na subestação de energia, localizada na parte externa do prédio, e não houve registro de vítimas.
>>>Acompanhe o GCMAIS no YouTube<<<
Enel
Em nota, a Enel Distribuição Ceará informou que o incêndio foi causado por um “defeito interno na rede de energia do próprio hospital”, cuja manutenção é de responsabilidade da unidade. A concessionária destacou que, de forma preventiva, realizou o desligamento emergencial da energia elétrica para garantir a segurança e facilitar o trabalho das autoridades. A empresa também deslocou geradores e uma equipe técnica especializada para prestar apoio durante a ocorrência.
Hospital César Cals
O HGCC é a unidade mais antiga da rede pública da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) e referência em alta complexidade, com atendimento em Ginecologia, Obstetrícia, Clínica Médica, Clínica Cirúrgica e Neonatologia. O hospital está estruturado em dois prédios: o principal, que concentra internações, emergências obstétricas, centro cirúrgico, centro de imagem e endoscopia; e o anexo, que abriga serviços ambulatoriais, epidemiológicos e administrativos. A unidade mantém políticas de humanização, como visitas estendidas na UTI adulta e neonatal, além de programas de acompanhamento de gestantes e cuidados de idosos.
Leia também | Incêndio no Hospital César Cals já está controlado e não deixou vítimas, diz secretário Chagas Vieira
Fonte: gcmais.com.br
