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Tratamento de queimaduras: pele de tilápia para poderá ser vendida em farmácias após edital da UFC

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Tratamento de queimaduras: pele de tilápia para poderá ser vendida em farmácias após edital da UFC

Após 10 anos de pesquisas pioneiras, a pele de tilápia liofilizada, usada para tratamento de queimaduras e lesões, está mais próxima de chegar ao mercado. A Universidade Federal do Ceará (UFC) lançou, neste mês de janeiro, o edital que busca selecionar uma empresa para produzir e comercializar curativos feitos com esse biomaterial.

A iniciativa, conduzida pela Coordenadoria de Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia (CPITT), permitirá à empresa vencedora o uso exclusivo da patente registrada pela UFC no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). O produto, que ainda não teve seu preço final definido, poderá ser distribuído em farmácias, facilitando o acesso da população.

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Uma inovação revolucionária na medicina

A pele de tilápia, proveniente do peixe mais consumido no Brasil, tem conquistado reconhecimento mundial pelos seus benefícios no tratamento de queimaduras e feridas. Além de ser utilizada em úlceras e cirurgias de reconstrução vaginal e redesignação sexual, o material também é empregado na medicina veterinária.

Os curativos feitos com a pele de tilápia oferecem diversas vantagens, como:

  • Redução da dor dos pacientes;
  • Menor número de trocas de curativos;
  • Diminuição do risco de infecções;
  • Redução da permanência hospitalar e dos custos médicos;
  • Aceleração do processo de recuperação e diminuição da necessidade de autoenxertos.

Além disso, o biomaterial originou novos métodos cirúrgicos que reduzem a morbidade pós-operatória e os custos cirúrgicos, contribuindo para tratamentos mais eficazes e acessíveis.

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Pesquisas e patentes da pele de tilápia

Os estudos começaram em 2015 no Núcleo de Pesquisas e Desenvolvimento de Medicamentos (NPDM) da UFC, sob a coordenação do professor Manoel Odorico de Moraes Filho e do médico Edmar Maciel Lima Júnior, do Instituto Dr. José Frota. Inicialmente, o foco era o tratamento de queimaduras de segundo grau e feridas agudas ou crônicas.

A pesquisa brasileira preencheu uma lacuna na medicina do país, que, até então, não contava com uma cobertura cutânea temporária de origem animal — diferente dos Estados Unidos, onde a pele de porco é amplamente utilizada. A solução nacional oferece uma alternativa mais acessível e eficiente, especialmente diante dos altos custos de importação.

Atualmente, uma rede global de 337 pesquisadores em nove países, incluindo Colômbia, Alemanha e Estados Unidos, trabalha no desenvolvimento de novas aplicações para a pele de tilápia. Sob a coordenação de Edmar Maciel, cerca de 100 projetos de pesquisa estão em andamento.

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Fonte: gcmais.com.br