A atuação da Guarda Civil Municipal de Guaramiranga na noite desta sexta-feira (5) gerou forte repercussão após a retirada de vendedores ambulantes que trabalhavam em um ponto considerado irregular pelo poder público. Segundo relatos de moradores, os trabalhadores não possuíam alvará para comercializar produtos na área, localizada em uma região turística do município. A operação aconteceu diante de grande fluxo de visitantes, aumentando a visibilidade do episódio.
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Imagens feitas por moradores e turistas mostram agentes da guarda conduzindo dois ambulantes com força, enquanto uma mulher aparece chorando e tentando impedir a ação. Em um dos registros, um guarda civil utiliza spray de pimenta a poucos centímetros do rosto de um dos vendedores, o que gerou indignação entre testemunhas. A abordagem considerada agressiva motivou protestos imediatos e intensificou o debate sobre a conduta dos agentes públicos.
“É revoltante ver trabalhadores que só querem ganhar o pão de cada dia sendo tratados como criminosos. Enquanto tantos verdadeiros problemas ficam soltos por aí, a polícia decide prender a mercadoria de quem acorda cedo, luta, enfrenta sol, chuva e dificuldades para levar sustento para casa. É injusto, é desumano e é totalmente desnecessário”, comentou uma seguidora após assistir aos vídeos nas redes sociais.
Os vídeos rapidamente se espalharam pelas redes sociais, levantando questionamentos sobre a forma como a operação foi executada e sobre a vulnerabilidade dos trabalhadores informais, muitos deles dependentes da atividade para garantir o sustento. Até agora, a Prefeitura de Guaramiranga não divulgou esclarecimentos oficiais sobre a ação, nem informou se foram oferecidas opções de regularização ou realocação para os ambulantes afetados.
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Em um dos vídeos, é possível ver um vendedor de bombons sendo abordado por fiscais da prefeitura, acompanhados por policiais militares que tentavam negociar a saída do trabalhador do local. Segundo testemunhas, o motivo apresentado para a retirada foi a falta de credenciamento prévio. Em desabafo registrado por populares, o ambulante questiona a operação: “Por acaso eu estou vendendo drogas, maconha, cocaína ou alguma arma aqui? Estou trabalhando para o sustento da minha família”, disse, visivelmente emocionado.
O Portal GCMAIS entrou em contato com a Prefeitura de Guaramiranga e com a Polícia Militar, que acompanhou a ocorrência, e segue aguardando posicionamento das instituições sobre o caso. A expectativa é que os órgãos esclareçam tanto os procedimentos adotados na operação quanto as medidas previstas para os trabalhadores afetados.
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Fonte: gcmais.com.br
