Com a chegada da campanha Maio Amarelo, que em 2025 traz o tema “Desacelere”, Fortaleza reforça uma importante política pública de segurança viária: a redução do limite de velocidade nas vias urbanas. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o excesso de velocidade está entre as principais causas de mortes no trânsito.
Atualmente, 85 vias da cidade operam com limite máximo de 50 km/h, incluindo a Avenida Leste-Oeste, uma das primeiras a adotar a medida. A redução de velocidade nessas avenidas vem mostrando efeitos positivos, como destaca o superintendente da Autarquia Municipal de Trânsito e Cidadania (AMC), Sérgio Costa: “Quando a gente trabalha uma redução na via, é porque houve estudo todo sobre isso. Não é simplesmente uma vontade de reduzir a velocidade. Muitas vezes é a necessidade de voltar para a proteção para o cidadão.”
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Um levantamento da própria AMC mostra que houve uma redução de 68% nos acidentes com vítimas fatais nas vias que passaram por readequação de velocidade. A medida não apenas evita tragédias, mas também reduz o impacto nos sistemas de saúde.
“A redução da velocidade é impactante nesse ponto: de você diminuir o número de mortes, o número de fatalidades no trânsito. Não só no trânsito, mas também eu olho para o outro lado, a saúde, o impacto que tem os acidentes nos hospitais”, complementa André Luís Barcelos, gerente de Fiscalização da AMC.
Morador do bairro Pirambu há mais de quatro décadas, o serralheiro Antônio Moura diz que já presenciou muitos acidentes na Avenida Leste-Oeste, mas percebe que, com a mudança, a situação melhorou visivelmente:
“Nunca mais apareceu acidente aqui, não. Eu vi muitos acidentes aqui, mas agora melhorou demais.”
A percepção positiva também vem de quem vive o trânsito todos os dias. O motociclista por aplicativo Riamburgo Barbosa afirma que respeita os limites para proteger a própria vida e a de outros:
“A vida que eu levo e a minha vida. Sempre a pé desce também. Quando a gente vê, eu vejo, eu diminuo, olho para um lado, para o outro, para não poder acontecer acidente.”
A fiscalização é intensificada em áreas próximas a hospitais e escolas, onde a redução de velocidade é obrigatória, mesmo que não haja placas.
“Principalmente quando você está próximo a grandes polos geradores de pedestres. Em geral, são escolas, hospitais. Então, nas escolas você tem aquela placa específica de área escolar e aquela placa indica que a redução é obrigatória. Inclusive pode ser feita a fiscalização sem a medição”, explica André Barcelos.
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O motorista que ultrapassa os limites está sujeito a penalidades, que variam de multa média a gravíssima, dependendo da velocidade excedida:
“Hoje a maior quantidade de pessoas que excedem acabam recebendo a infração média, porque é até 20% do limite máximo. Mas ela vai aumentando a gravidade: de 20 a 50, e acima de 50, isso aí vai aumentando a gravidade”, completa o gerente de fiscalização da AMC.
Com o tema “Desacelere”, a campanha Maio Amarelo 2025 propõe uma reflexão urgente sobre os riscos da alta velocidade.
“Esse Maio Amarelo vem com esse tema: desacelere. Ou seja, a pressa às vezes pode ser que seja fatal para a sua vida”, alerta Sérgio Costa.
A campanha segue até o final de maio, com ações educativas, fiscalização e reforço na sinalização em pontos estratégicos da cidade.
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Fonte: gcmais.com.br