Moradores do residencial Cidade Jardim 1, no bairro José Walter, em Fortaleza, viveram momentos de medo e desespero nesta terça-feira (14) ao serem obrigados a deixar seus lares por ordens de uma facção criminosa. Segundo relatos, as ameaças partem de grupos que disputam o controle territorial da região. Com medo de represálias, dezenas de famílias abandonaram suas casas, algumas sem conseguir levar todos os pertences. A Polícia Militar foi acionada, mas atuou apenas para escoltar os moradores durante a retirada dos objetos pessoais.
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“Tem que sair. Se não sair, eles matam você”, relatou uma moradora, de 61 anos, que preferiu não se identificar. Em meio a caminhões de mudança e viaturas da polícia, o clima no conjunto era de dor e insegurança. “Jamais imaginei passar por uma situação dessa na minha vida”, desabafou a idosa, visivelmente abalada. O sentimento é compartilhado por outros moradores que, após anos vivendo no local, agora enfrentam a incerteza de um novo recomeço longe dali.
O tenente Jhones, da Polícia Militar, afirmou que as ações fazem parte de uma resposta coordenada à criminalidade. “A orientação é ocuparmos aqui também o Cidade Jardim 1 e o interior próximo. No momento, temos operação em Pacajus, Pindoretama, Cascavel e adjacências. Incansavelmente, nós estamos na rua para dar tranquilidade à população. Porque quem manda realmente na cidade é a polícia e o cidadão”, declarou o oficial.
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Apesar da presença da polícia, a expulsão das famílias escancarou a vulnerabilidade da população diante do domínio territorial de facções. A escolta policial durante a saída das vítimas evidencia o cenário extremo em que o medo impõe silêncio e obriga o abandono do lar. As imagens de caminhões de mudança e crianças deixando suas casas sob proteção policial marcaram o dia como mais um capítulo triste da violência urbana em Fortaleza.
As investigações apontam que o caso está relacionado à disputa entre grupos rivais que atuam no José Walter e áreas próximas. A Secretaria da Segurança Pública afirma que operações serão intensificadas na região e pede que denúncias anônimas sejam feitas para auxiliar no combate ao crime organizado. Enquanto isso, para quem vivia no Cidade Jardim 1, resta apenas o desafio de reconstruir a vida longe do medo.
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Fonte: gcmais.com.br