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Lúpus e fibromialgia: saiba sobre diagnóstico, tratamento e a importância do acolhimento

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Lúpus e fibromialgia: saiba sobre diagnóstico, tratamento e a importância do acolhimento

O lúpus e a fibromialgia são duas doenças crônicas que, embora distintas, compartilham um ponto em comum: causam impactos profundos na qualidade de vida de quem convive com elas. O lúpus é uma doença autoimune, em que o sistema imunológico ataca os próprios tecidos do corpo, provocando inflamações que podem atingir articulações, pele, rins, pulmões e outros órgãos. Já a fibromialgia é caracterizada por dores musculares generalizadas e persistentes, acompanhadas de fadiga, distúrbios do sono, dificuldades de memória e alterações emocionais. Ambas são doenças de difícil diagnóstico, muitas vezes invisíveis aos olhos de quem observa de fora, mas extremamente debilitantes para quem sente.

Por trás de diagnósticos complexos como o lúpus e a fibromialgia, existem histórias reais de dor invisível, transformações profundas e força para seguir em frente. A influenciadora digital Ana Geórgia Simão, de 16 anos na época em que começou a sentir os primeiros sinais da doença, descreve o início da jornada com o lúpus como um colapso físico e emocional.

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“Eu estava muito debilitada, emagreci muito, o cabelo já não existia na cabeça, eram muitas dores articulares. Eu me sentia como se tivesse toda quebrada”, relembra.

A reumatologista Thayane Furtado explica que os sintomas mais comuns envolvem dores articulares e alterações na pele. “A gente tem como queixa principal a dor articular, além das manifestações cutâneas típicas, como a vermelhidão em forma de ‘asa de borboleta’ no rosto, além de lesões em áreas expostas à luz”, detalha.

Ana conta que, quando foi diagnosticada, havia poucas medicações específicas disponíveis. Hoje, ela segue um tratamento com imunossupressores, imunomoduladores e corticoides, além de ter mudado radicalmente o estilo de vida. Alimentação saudável, atividade física e apoio psicológico passaram a ser parte do tratamento.

“Um dos pilares para sair dessa situação é conhecer pessoas na mesma condição. Grupos de apoio e o cuidado com a saúde mental são fundamentais”, defende a influenciadora, que hoje usa as redes sociais para orientar e encorajar outras pessoas com lúpus.

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Fibromialgia: o peso da dor contínua

A ex-assessora parlamentar Carlota Corday recebeu o diagnóstico de fibromialgia em 2022, após anos de dores constantes, cansaço extremo e lapsos de memória. “É um desafio diário. Hoje eu vivo um dia de cada vez, porque eu posso dormir bem, mas não sei como vou acordar amanhã”, afirma.

Ao contrário do lúpus, a fibromialgia não apresenta alterações detectáveis em exames laboratoriais. O diagnóstico é clínico e exige atenção especializada, como reforça a reumatologista Thayane Furtado: “Não temos um exame que diga ‘é fibromialgia’. Por isso, é essencial conversar com um especialista, alguém que conheça bem a doença para garantir o diagnóstico mais acertado.”

O tratamento é feito de forma multiprofissional, envolvendo reumatologista, psicólogo, fisioterapeuta, psiquiatra e educador físico. Carlota relata que precisa realizar bloqueios locais para dor, fisioterapia, exercícios regulares, suplementação e uso de medicamentos.

Saúde emocional: o suporte invisível que faz diferença

A psicóloga Mayanne Lucy destaca que, em doenças crônicas como essas, o impacto emocional é tão intenso quanto os sintomas físicos. Por isso, o acompanhamento psicológico é essencial: “A psicoterapia é um espaço de acolhimento para que o paciente possa falar sobre seu sofrimento sem julgamentos. Isso permite compreender melhor suas emoções e conquistar mais qualidade de vida”, explica.

Casos como os de Ana e Carlota não são isolados. Famosas como Selena Gomez, Toni Braxton e Lady Gaga já falaram abertamente sobre os desafios enfrentados com essas doenças autoimunes. Mais do que compartilhar diagnósticos, essas vozes ajudam a dar visibilidade às condições muitas vezes desacreditadas e subestimadas socialmente.

Tanto o lúpus quanto a fibromialgia não têm cura, mas com diagnóstico precoce, tratamento adequado e apoio emocional, é possível levar uma vida com mais dignidade e menos dor. Como afirma Ana Geórgia: “Não é fácil, mas é possível. E a gente não precisa passar por isso sozinha.”

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Fonte: gcmais.com.br