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Produção de temperos no Ceará combina tradição culinária e inovação

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Produção de temperos no Ceará combina tradição culinária e inovação

No Ceará, tempero é sinônimo de identidade cultural, sabor e também de desenvolvimento econômico. Em mercados populares, como o tradicional São Sebastião, em Fortaleza, o setor de temperos e especiarias reúne cores, aromas e saberes passados de geração em geração. Ao mesmo tempo, a indústria local vem ganhando espaço no mercado nacional com a fabricação em larga escala de condimentos, molhos e especiarias. Essa combinação entre tradição e inovação impulsiona a economia e mantém viva a riqueza da culinária cearense.

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Para a comerciante Rosângela Rodrigues, o alho é item indispensável na cozinha. “O alho tem que ter no arroz, no macarrão, no frango, na carne”, afirma, reforçando que o ingrediente é o que dá sabor aos pratos do dia a dia. Já a aposentada Teresinha Barbosa acredita que o segredo está no equilíbrio. “A comida é gostosa, depende de quem vai fazer, né? Porque tem gente que bota todo tempero e não tem gosto de nada”, destaca.

A preocupação com a saúde também influencia as escolhas na cozinha. A enfermeira e coach de bem-estar Veridiana Araújo defende o uso de temperos naturais como alternativa saborosa e saudável. “E para as coisas serem saudáveis, não precisa ser com gosto ruim. Uso muitos temperos naturais, sem muito conservante, para dar aquele gosto a mais, estimular a mudança e deixar as receitas deliciosas”, ressalta.

No Mercado São Sebastião, a variedade impressiona. O permissionário Reginaldo Farias conta que o colorau da Caucaia é o item mais procurado. “O colorau é o carro-chefe aqui, né? Nosso carro-chefe de vendas”, afirma. Além dele, o açafrão, tanto em raiz quanto em pó, vindo de Palmácia e Pacoti, também tem boa saída. A busca por produtos regionais e frescos segue forte entre os consumidores.

Enquanto isso, no setor industrial, o Ceará se destaca na produção de temperos com grande variedade. “A gente tem mais de 300 tipos de produtos, mas mais de 100 são temperos, que é um dos nossos carro-chefes”, explica Isabele Prado, diretora operacional de uma empresa localizada na Região Metropolitana de Fortaleza. Com 80 funcionários, sendo 30 dedicados à produção, a maioria dos itens é consumida no próprio estado, mas a empresa já abastece mercados de outros estados do Nordeste e do Sudeste.

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“Aqui no Ceará, é frota nossa, a gente faz toda a distribuição. Mas também trabalhamos com outros estados do Nordeste, com transportadoras, enviamos para outros locais também”, afirma Isabele, destacando o crescimento da empresa no mercado regional. Esse avanço reforça a força da indústria local e o potencial competitivo do Ceará no setor de alimentos.

A auxiliar de cozinha Aldênia Rego resume o preparo tradicional cearense com carinho e precisão: “A gente tem que vir na cebola, no alhozinho, na pimentazinha do reino, no colorau, no sal a gosto, pronto. Aí bota aquele toque de cheiro verde no final, dá certo. Fica, ó, top, top”, diz, sorrindo.

Entre bancas de mercado e galpões industriais, os temperos produzidos no Ceará seguem levando sabor à mesa dos cearenses — e de brasileiros em outras regiões — com autenticidade, saúde e tradição.

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Fonte: gcmais.com.br