O homem que foi flagrado por uma câmera de segurança agredindo um cachorro na rua, em Fortaleza, foi identificado pela Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE) e poderá ficar de dois a cinco anos preso. Ele, no entanto, responde em liberdade e o caso ainda será analisado na Justiça.
A agressão foi registrada no fim do último mês, em 26 de abril, no bairro Planalto Ayrton Senna. Nas imagens, é possível ver o animal correndo animadamente na direção do homem, que o chuta com força – ele chega a repetir a agressão logo em seguida. O homem é visto acompanhado por uma mulher e uma criança, que não socorrem o cachorro.
A identificação foi possível a partir de denúncias feitas pela população, como conta Wilson Camelo, delegado titular da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA) da Polícia Civil. “Desde que a informação chegou aqui ao conhecimento da DPMA, os policiais, o Núcleo de Inteligência da Delegacia, a gente começou as diligências, na tentativa de identificar o agressor daquele ato covarde praticado contra o animal. E somado a isso, a população também colaborou, denunciando”, explica.
“O cidadão que agrediu o animal foi interrogado, assumiu que realmente agrediu o animal e a senhora também foi ouvida, em termos de declaração, aqui no inquérito policial que foi instaurado, mas a gente vai concluir as investigações para no final ver se ela irá responder ou não.”
Nas imagens registradas, também é possível ver o cachorro tentando levantar e caindo logo em seguida, desnorteado. O animal teve o fêmur (osso da pata) fraturado e precisou passar por uma cirurgia.
O procedimento cirúrgico só pôde ser feito porque, após a agressão, o filhote foi socorrido por funcionários de uma empresa nas proximidades, que ouviram os latidos de dor do animal. Ele agora está bem e aos cuidados de um tutor provisório.
Wilson Camelo destaca também que há diversas condutas que podem ser enquadradas como maus tratos, segundo a lei. “A gente cita aqui a Resolução 1236 do Conselho Federal de Medicina Veterinária, que elenca diversas condutas que podem caracterizar maus tratos, como abandonar o animal, você manter o animal sem acesso a água e a comida por um longo período de tempo, manter o animal em um ambiente sujo, anti-higiénico. Esses animais que são utilizados como animais de tração, que puxam carroça, colocar esse animal para trabalhar por um período sem possibilitar acesso a água, sem possibilitar o descanso…”
A população pode contribuir com as investigações repassando informações que auxiliem os trabalhos policiais. As denúncias podem ser feitas para o número 181, o Disque-Denúncia da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), ou para o (85) 3101-0181, que é o número de WhatsApp, por onde podem ser feitas denúncias via mensagem, áudio, vídeo e fotografia. Também é possível denunciar pelo WhatsApp Denúncia da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente, por meio do número (85) 98439-9110.
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Fonte: gcmais.com.br